sábado, 11 de maio de 2013

35º Capitulo – “Vais dizer que não reconhecesses a rapariga que amas?”


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(Tânia)
Ele voltou a olhar-nos para depois ir embora. O meu coração mirrou vê-lo caminhar em direcção da saída cabisbaixo.
Parei o abraço, o que fez o Nico estranhar.
- Está tudo bem? – Perguntou depois de parar o abraço.
- Hamm… Sim. Porquê? - Respondi ainda olhando para o sítio onde Rodrigo estava anteriormente.
- Ficaste estranha. – Falou passando a sua mão pela minha bochecha.
- Não, é impressão tua. – Falei olhando agora para ele. Era notável a sua grande felicidade de me voltar a ver. O seu grande sorriso era o que mais se destacava mas nos seus olhos também o brilho se fazia notar.
Voltei a abraça-lo. Custou-me bastante estar sem o ver durante estes dois meses e as saudades já apertavam, apesar da minha ideia era ficar ainda mais tempo afastada deles.
- Tive tantas saudades tuas. – Falou apertando mais o abraço. Sabia tão bem os seus abraços. Já sentia saudades dele.
- Também tive muitas saudades tuas. Olha! – Fui falando ao mesmo tempo que o largava. – O Rodrigo foi-se embora. – Falei um pouco envergonhada.
- O quê? - Falou logo a olhar para trás. – Não acredito que ele me vai deixar apeado. – Sorri com o seu comentário. – Espera um pouco que já venho. – Não me deixou falar e começou a correr feito maluco até á entrada.
(Rodrigo)
Ouvi alguém a chamar-me e assim que olhei para trás pude constatar quem me chamara. O Nico vinha a correr feito maluco parecia que estava a correr a maratona. Assim que chegou ao pé de mim, colocou as mãos por cima dos joelhos e baixou um pouco a cabeça. Percebi que estava a tentar recuperar o fôlego. Esperei um pouco até ele finalmente falar.
- Porque é que te vais embora? – Perguntou já com a respiração normalizada.
- Lembrei-me agora que tenho uns assuntos pendentes para tratar. – Menti. A verdade é que não aguentava aqueles sorrisinhos e abracinhos entre eles.
- E porque é que não foste cumprimentar a Tânia? Afinal eu apresentei-vos na festa portanto conhecessem. – Tinha mesmo de tocar logo naquele assunto.
Olha porque já nos conhecemos á mais tempo de que tu pensas e não nos damos assim tão bem como tu e ela. E não conseguimos ficar tanto tempo sem estar a discutir. Falei mentalmente.
- Era a Tânia? – Perguntei de maneira a que ele percebesse que não tinha reparado que era ela.
- Vais dizer que não reconhecesses a rapariga que amas? – O ambiente entre nós ficou um pouco estranho. Não tocávamos neste assunto já algum tempo pois ambos sabíamos que os nossos sentimentos continuavam intactos apesar de termos estado algum tempo sem a vermos.
- Reconheci. – Falei agora a verdade. – Apenas não queria estragar o vosso momento de grande ternura. – Atirei. A verdade é que os ciúmes falaram mais alto. Não o deixei responder, abri a porta do carro. Assim que o liguei, arranquei rapidamente.
***
Já estava a conduzir á algum tempo e sabia precisamente o caminho que estava a tomar. Era nada mais, nada menos o caminho que conduzira no final da pequena festa que o Nico fizera. E na qual a Tânia tinha ido.
A viagem que á algum tempo a tinha feito acompanhado, agora estava a faze-la sozinho.
Cheguei ao Cabo da Roca e sentei no muro. Precisamente no sitio em que tínhamos ficado anteriormente. Fiquei por lá pensando do que se tinha passado desde a última visita aqui. Realmente muita coisa mudará. Eu finalmente tinha admitido que gostava dela, tinha descoberto que o Nico tinha os mesmos sentimentos por ela. Quase tinha acabado com a carreira dele por causo dos ciúmes.
Mas porque é que eu simplesmente não parava de gostar dela? Porque é que era tão difícil?
Olhei para o relógio e vi que estava a ficar um pouco tarde. Tinha ficado aqui tanto tempo e nem tinha dado conta.
Conduzi de volta a Lisboa. Coloquei os óculos por causa do sol que decidira bater-me na cara. Em pouco tempo cheguei a Lisboa.
Cheguei a uma passadeira e como bom cidadão parei para que as pessoas que estavam paradas nas pontas pudessem passa-la. E foi quando a vi.
Ela ia a falar ao telemóvel mostrando o seu característico sorriso. Provavelmente a conversa que ela vinha a ter ao telemóvel estava animada. Ela passou lentamente em frente ao meu carro, sempre a olhar para a frente não se importando com as pessoas que estavam dentro do carro.
Ela estava a passar a outra metade da passadeira quando aparece um carro vindo do nada a uma grande velocidade. Ela continuava a caminhar normalmente com nada se passasse. Percebi que o condutor vinha distraído.
E num piscar de olhos várias pessoas foram atropeladas. Não me apercebi se ela estava entre os atropelados. O meu coração começou a bater depressa e sai rapidamente do carro.

Será que a Tânia estará entre aquela gente atropelada?
 
Olá!
Acho que já devem estar fartas de vos estar sempre a pedir desculpa mas a verdade é que não tenho tido quase tempo nenhum para me dedicar á fic. E quando tenho a inspiração falta-me.
Espero que me perdoem e que apreciem este capitulo que demorou algum tempo a ser escrito.
Espero que gostem e comentem!
Bjs Tânia