domingo, 28 de outubro de 2012

24º Capitulo – “Quem disse que cê não é?”

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(Rodrigo)


Dei-lhe licença para entrar e ela o assim o fez. Ficamos frente a frente e um silêncio constrangedor apoderou-se sobre nós, apenas se ouvia o ruído vindo da televisão. Dirigimo-nos para a sala, onde nos sentamos em sofás diferentes. Decidi começar a falar pois sabia que ela não o iria fazer.
Rodrigo – Pensava que você já não vinha.
Tânia – Mas vim.
Rodrigo – Pois. E como é que ficamos?
Tânia – Como assim?
Rodrigo – Como é que ficamos depois do que aconteceu ontem?
Tânia – Não ficamos. Cada um segue com a sua vida. – Fiquei desiludido com a resposta dela. Afinal ela não sentia o mesmo que eu. – Estás bem?
Rodrigo – O que é cê acha? – Gritei, o que fez com que ele se assustasse um pouco.
Tânia – Não sei por isso é que perguntei. – Notei que na sua voz havia uma ponta de medo. Não lhe queria meter medo, longe de mim causar-lhe isso.
Rodrigo – Me perdoa mas eu gosto mesmo de você e saber que você não sente o mesmo por mim fico triste e desiludido. – Ela se levantou e se sentou a meu lado.
Tânia – Rodrigo, tu não gostas de mim como dizes. O… - Não conseguia estar ali ouvi-la a dizer aquilo. Então interrompi-a.
Rodrigo – Cala a boca. Cê não sabe do que fala. – Disse levantando-me e gritando que nem um louco.
Tânia – Primeiro, não me mandas calar e segundo eu sei bem do que falo porque não te dei razões nenhumas para te apaixonares por mim. – Gritou também, agora estávamos frente e frente.
Rodrigo – Eu mando calar que eu quiser.
Tânia – Tu mandas calar aquelas que mal te conhecem, abrem logo as penas. Essas sim, podes mandar calar. – Gargalhei. – Achas piada?! Então quero ver se também achas piada á minha mão na tua cara.
Rodrigo – Cê vai bater é?
Tânia – Se for preciso vou. Porque não te admito que fales assim comigo.
Rodrigo – Eu falo com você como bem eu entender.
Tânia – Eu não sou daquelas que comes, falas como queres e depois deitas fora.
Rodrigo – Quem disse que cê não é? – Olhei-a. Vi nos seus olhos formarem-se pequenas lágrimas. Tudo por causa das horríveis palavras que tinha dito. Mas porque é que sou tão estúpido? Gosto tanto dela mas ela me consegue tirar do sério e me fazer jogar palavras pela boca fora.
Tânia – Odeio-te! – Deu-me um estalo para depois me empurrar. Agarrei-a para me poder equilibrar mas como sou muito mais forte do que ela, acabei por leva-la comigo e caímos os dois em cima do sofá. Ela por cima e eu por baixo.
Os nossos olhares eram intensos.
O meu olhar era dividido entre os seus olhos e os seus lábios. Uma vontade abrasadora de a beijar se apoderou de mim. Não fiz por menos e beijei-a. Beijo, esse que foi totalmente correspondido por ela, aliás foi ela que o intensificou, onde as nossas línguas exploravam a boca um do outro.
Sem nunca quebrar o beijo me tentei pôr por cima mas como o sofá era bem estreito acabamos por cair no chão. Desta vez ela por baixo. Pensei que ela se tinha aleijado mas como ela não se queixou não me preocupei.
Senti a sua mão por baixo da minha camisola e o meu auto-controlo desapareceu totalmente. Rapidamente ela me tirou a camisola com a minha ajuda, parei de a beijar e comecei a distribuir beijos entre o seu maxilar, pescoço e decote visto que ainda tinha a sua blusa vestida.
Coloquei a minha mão por baixo da sua blusa. Assim que a pus houve um “choque” entra nós, o que me retirar a mão.
Enquanto nos beijávamos voltei a colocar a mão debaixo de sua camisola e agora retirei-a de uma só vez. E pela primeira vez pude visualizar um pouco das suas curvas.
Deixei de beijar seus lábios para voltar a beijar o seu maxilar, o seu pescoço e agora para beijar a sua barriga também. Fiz o percurso de volta para os seus lábios. Enquanto eu distribuía os beijos, ela ia soltando pequenos gemidos
Estava sendo um sonho estar assim com ela. Mas como tudo o que é bom acaba fomos interrompidos pelo som de um telemóvel. Não era o meu portanto só podia ser o dela. Mas o dela tinha caído no mar. Será que tinha comprado um novo?
Ao início ignoramos mas estavam a insistir tanto que interrompemos o que estávamos a fazer para ela poder atender a chamada.
A conversa foi rápida e assim que terminou, ela se começou a vestir.
Rodrigo – Onde cê vai?
Tânia – Vou-me embora.
Não me deu tempo para responder mais e foi-se embora. Levantei-me, dei um chuto no sofá e depois passei a mão pela cara.Peguei na t-shirt, vesti-a e me sentei no sofá.Estava fulo por ela se ter ido embora assim. Ela com tão pouco conseguia deixar-me louco.


(Tânia)
Assim que o meu telemóvel tocou fez-me acordar daquele transe e fazer perceber que não queria fazer aquilo. Paramos com o que estávamos a fazer e fui atender o telemóvel rapidamente.
Era a minha mãe a dizer-me que tinha que ir rapidamente para casa e assim o fiz. Ele ainda tentou reclamar mas não teve sucesso.
Apanhei o autocarro que passava perto de casa e rapidamente cheguei. Abri a porta de casa e dirigi-me para a sala.
Não podia acreditar no que via.
O que é que a Tânia terá visto?
 
Olá!
Espero que gostem e comentem! Vi que capitulo anterior tive muito poucos o que me deixou um pouco desiludida. Queria-vos perguntar uma coisa em relação á outra fic. Eu e a minha colega estamos a criar outra fic. Mas está está a ficar mais organizada do que a “The Fucking Road”. Preferem que encerremos a “The Fucking Road” e comecemos com a outra, e sendo assim postaremos com mais regularidade ou preferem que continuemos com a “The Fucking Road” e comecemos com a outra e assim postaremos com menos regularidade. Os vossos comentários ajudaram e muito para esta decisão.
Bjs Tânia

sábado, 20 de outubro de 2012

23º Capitulo – “(…)festa privada entre ti e o teu amigo (…)”

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Rodrigo

Depois de ter procurado na casa toda. Sentei-me na cama e quando olho para a mesa-de-cabeceira vejo um papel escrito. Apressei-me a lê-lo.

“ Desculpa ter saído assim mas tinha coisas combinadas com a Madalena e não deu para esperar.
Precisamos de falar sobre o que aconteceu.
Desculpa mais uma vez!
Beijos Tânia”

Quando acabei de ler o papel deitei-me um pouco na cama. Ainda sentia o perfume dela.
Amo-a? Não sei. Mas estou-me a apaixonar? Não há dúvidas nenhumas que sim.

Tânia

Acordei e levantei-me logo. Percorri a casa e não havia sinal do Rodrigo. Quer dizer traz-me para casa dele e depois o paspalho vai-se embora logo de manhã?
Quando estava a passar pelo hall, olho para cima de uma mesa que ele lá tinha e vejo uma foto que me deu uma enorme vontade de rir.
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Pousei a foto e fui até ao quarto. Sentei-me na cama e olhei para todos os cantos daquele quarto. Olhei para o relógio e quase me assustei. Eram dez da manhã e eu tinha com a Madalena ás dez e meia á porta de minha casa. Calcei-me e antes de sair de casa dele ainda lhe deixei um bilhete.
Apanhei um autocarro e rapidamente cheguei a casa. Assim que cheguei a casa a minha irmã estava sentada no sofá.
Catarina ( irmã) – Olha quem é vivo sempre aparece.
Tânia – Como vês estou viva.
Catarina – Pois mas podias ter avisado que não vinhas dormir a casa.
Tânia – Pois. Desculpa.
Catarina – E a festa foi boa?
Tânia – Foi porque?
Catarina – Tânia, eu não me estou a referir a essa festa. Estou-me a referir á festa privada entre ti e o teu amigo que te veio cá buscar.
Tânia – MAS TU ÉS PARVA, OU FAZESTE?!
Catarina – Pronto. Já vi que foi boa.
Tânia – Entre mim e o Nico não houve nada. – Frisei a palavra nada.
Catarina – Se tu o dizes.
Nem lhe respondi e fui para o meu quarto. Mas será que só estou rodeada de malucos?
Tomei um banho rápido e vesti uma camisola verde azulada com uns calções amarelos e umas vans amarelas com desenhos a preto.
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Assim que sai do quarto já a Madalena estava na sala á minha espera. Saímos de casa e fomos apanhar o autocarro.
Madalena – Então como foi a festa ontem?
Tânia – Correu bem.
Madalena – Encontraste alguém indesejado?
Tânia – Óbvio que encontrei.
Madalena – E eu a pensar que iam resolver as coisas.
Tânia - Não havia para resolver.
Madalena – Claro que não. Mas isso agora não interessa. A tua irmã disse que tiveste uma festa privada com o Nico. – Bufei.
Tânia – Mas tu ainda acreditas nela. Só porque não passei a noite em casa. Não quer dizer que tenhamos feito alguma coisa. Compreendido? – Quando acabei de falar tínhamos chegado ao estádio. Dirigimo-nos para o bar e enquanto ela entrava para de trás do balcão, eu sentei-me numa das cadeiras que estava fora do balcão.
Enquanto a Madalena estava dentro da cozinha a preparar a comida, eu estava ao balcão a atender os clientes. Estava a apontar um pedido quando vejo o Rodrigo ao longe, apontei a pedido rápido e fui a correr para dentro do balcão para ele não me ver. Mas não corri depressa o suficiente visto que ele me viu e veio na minha direção. Fingi que não o tinha visto e continuei o que estava a fazer.
Acho que ele percebeu o que eu estava a fazer e foi-se sentar numa mesa, assim tinha de obrigatoriamente de falar com ele. Assim que cheguei, ele sorriu.
Tânia – O que é que vais querer?
Rodrigo – O que eu vou querer não. O que eu quero é falar contigo sobre o que se passou ontem á noite.
Tânia - Acho que não estamos no sitio indicado para falar.
Rodrigo – Então fazemos assim, hoje quando saíres daqui vais até a minha casa para falarmos. Se não apareceres sei onde te encontrar e ai falamos e não me importa o sítio.
Tânia – Ok. Por volta das sete estou em tua casa.
Rodrigo – Fico á sua espera. – Saiu. Respirei fundo e voltei para dentro do balcão. Reparei que toda a gente estava a olhar para mim. Senti-me bastante desconfortável. Vi que a Madalena também me olhava.
Tânia – O que foi?
Madalena – Por momentos pensei que o bar vinha a baixo.
Tânia – E porque raio isso devia acontecer?
Madalena – Porque tu e ele a partilharem o mesmo espaço e o mesmo ar nunca se sabe o que vai acontecer.
As horas passaram a correr e quando olhei para o relógio já passavam das sete. Rapidamente sai do bar e fui em direcção a casa do Rodrigo.

Rodrigo

Depois de a ver no bar, fui até casa visto que hoje não tinha treino á tarde. Vi as horas passar e quando chegou as sete fiquei atento á campainha mas os minutos passavam e ela sem aparecer.
Já sabia que ela não vinha! Que cobarde! Mas ela quem nem pense que me vai escapar, vamos ter esta conversa quer seja a bem quer seja a mal.
Estava perdido em pensamentos quando a campainha, levantei-me e fui até á porta, espreitei pelo buraco da porta e constatei que era a Tânia. Rapidamente abri a porta.

Como irá correr a conversa?

Olá!
Depois de uma semana muito atribulada foi o que saiu. Foi o que a minha inspiração permitiu.Espero que gostem e comentem.
Bjs Tânia

sábado, 13 de outubro de 2012

22º Capitulo – “Porque sou bem-educada.”




Rodrigo

Fiquei olhando para ela, não estava entendendo o porque de ela ter terminado o beijo assim.
Rodrigo – O que é que se passou?
Tânia – O que é que se passou? – Gritou. Agora sim não estava entendendo nada. – O que se passou é que acabei de ficar sem telemóvel.
Rodrigo – Hãn?! Ficaste sem telemóvel? Como assim?
Tânia – O meu telemóvel caiu lá para baixo. – Não me contive e gargalhei bem alto. – Vá goza. A culpa é toda tua.
Rodrigo – A culpa é minha? – Disse me aproximando dela.
Tânia – Sim. É o que dá seres irresistível. – Sorri que nem um bobo. Abracei-a e elevei-a um pouco no ar para depois a beijar.
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Ela também sorriu. Estava sendo tão bom este momento com ela, tão perfeito. Voltou a sentar-se no muro e eu fiquei em frente dela.
Rodrigo – E agora que cê vai fazer?
Tânia – Não sei. Mas aquele telemóvel já era tão especial.
Rodrigo – Porquê?
Tânia – Tenho o desde dos meus nove anos. – Gargalhei.
Rodrigo – Cê têm aquele telemóvel desde dos nove anos? Então aquele foi o seu primeiro telemóvel?
Tânia – Yap. – Gargalhei ainda mais alto. – Podes parar de te rir. É que não sei se reparaste ficamos sem lanterna.
Rodrigo – Mas temos o reflexo da lua. O que torna isto mais romântico.
Tânia – Claro… - Não deixei ela mais falar e beijei-a. Como eu amava beijar ela. Sentir seus lábios suaves nos meus. Ficamos abraçados durante um tempo. Sem falar um com o outro. Senti a sua respiração pesada no meu ombro.
Rodrigo – Tânia , cê tá a dormir?
Tânia – Huumm-huumm.
Rodrigo – Então se você está a dormir porque respondeu?
Tânia – Porque sou bem-educada. – Sorri.
Rodrigo – Anda. Vamos embora.
Fomos para o carro. Pu-la dentro do carro e entrei também. A viagem para Lisboa foi feita em silêncio e quando chegamos a Lisboa ia perguntar-lhe onde morava mas vi que estava dormindo. Como não a queria acordar, conduzi até á minha casa.
Parei o carro, olhei p’ra ela. Ela até a dormir é perfeita. Abri a porta do lado dela e tentei acorda-la. Assim que acordou saiu do carro, bastante ensonada. Começou a andar aos ziguezagues que só podia ser derivado ao sono. Entramos no prédio e chamei o elevador. Tivemos de esperar um pouco mas logo que chegou entramos dentro deste. Do meio do nada abraçou-me. Olhei para ela e vi que se tinha deixado dormir outra vez. Sorri e dei-lhe um beijo na testa. 22 capitulo - 2 imagem
Assim que elevador deu o sinal de que já tinha chegado, comecei a andar com ela agarrada a mim. É incrível como é que se consegue dormir em pé e ainda andar.
Abri a porta de casa e depois de entrar fechei a mesma. Peguei nela tipo noiva e deitei-a na minha cama.
Depois de a deitar, sai do quarto e fui dormir para o quarto de hóspedes.
***
Acordei bem cedo, apesar de a vontade era ficar na cama até ao meio-dia mas tinha treino. Levantei-me e fui até ao meu quarto ver como estava a Tânia. Abri um pouco a porta e pude ver que continuava a dormir, entrei sem fazer barulho e fui tirar uma roupa e o saco para treino. Antes de sair ainda lhe dei um beijo na testa.
A manhã passou no instante, o Bruno ainda tentou que almoçasse com eles. Coisa que não aconteceu por causa da Tânia. Óbvio que não lhes disse o verdadeiro motivo.
Assim que cheguei a casa fui directamente ao quarto mas este estava vazio e já com a cama feita. Percorri a casa toda mas ela não se encontrava em nenhuma divisão.
Onde estará a Tânia?
Olá!
Consegui por hoje o capitulo. Espero que gostem e comentem. Fiquei um pouco desiludida quanto aos comentários do capitulo anterior. Fiquei com a impressão que o capitulo ficou aquém das espectativas. Espero que este esteja melhor.
Bjs Tânia 

Pequenas Informações

 

Venho aqui apenas para dar um pequena novidade. Antes de eu criar esta fic, eu escrevia uma com duas amigas minha a Catarina e a Joana. A fic parou de ser atualizada quando entrámos de férias de verão e desde de então não postamos mais nada. Depois de conversar-mos um pouco, onde ainda pensámos em acabar com ela, chegamos á conclusão que iremos continua-lá. Mas  apenas eu e a Joana. Quanto á Catarina escreverá quando lhe apetecer. Sendo assim eu e a Joana iremos tomar rédeas á história da Catarina e esperemos que vos surpreenda e que gostem de todas a personagens. Para quem não sabe a fic chama-se “ The Fucking Road”  e foi criada a partir de um trabalho meu que tive de apresentar a Português. Deixo-vos aqui o link caso queiram dar um espreitadela.  http://thefuckingroad.blogspot.pt/.

Uma amiga minha pediu para divulgar umas petições e sendo assim vou divulga-las aqui. Gostava que vocês as assinassem, significaria muito para mim e para ela. Eu já assinei e muitas outras pessoas também. São petições contra touradas e outra pela substituição da experimentação animal por alternativas. Deixo-vos aqui os links para casa estiverem interessadas. http://www.peticaopublica.com/PeticaoVer.aspx?pi=010BASTAhttp://www.peticaopublica.com/PeticaoVer.aspx?pi=experani

Também venho partilhar a minha felicidade pelo Rodrigo ter marcado 4 golos frente á Dinamarca pela Seleção Espanhola de Sub- 21.

Agora quanto ao capitulo, em breve o postarei apenas me falta rever o capitulo e amanhã ou talvez ainda hoje o meto.

 

Bjs Tânia

 

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sábado, 6 de outubro de 2012

21 º Capitulo – “Cê anda com uma lanterna na mala?”


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Tânia


Depois de ele ter dito tal coisa não resisti e beijei-o. De todas as outras vezes que nos beijámos não foi diferente. Sentia-me preenchida. Assim que terminou o beijo, não tive coragem de o olhar nos olhos e então virei-me para a janela. Ele deve-se ter apercebido e não disse nada. Em poucos segundos formou-se um silêncio constrangedor e então decidi ligar o rádio. Passou uma música que gosto bastante e comecei a cantá-la. Houve uma parte em que cantei a olhar para o Rodrigo. Era a verdade. Por mais que tentasse não conseguia parar de pensar nele. Ele percebeu isso e sorriu.
Depois da música acabar continuei a olhar pela janela e reparei que estávamos no meio de arvoredo, o que fez com que fizesse uma pergunta bastante estúpida.
Tânia - Não me vais violar, pois não? – Ele gargalhou bastante.
Rodrigo – Cê quer que te viole?
Tânia – Não.
Rodrigo – Então não o vou fazer.
Tânia – Então vamos onde? Por aqui só estou a ver um sítio.
Rodrigo – E qual é esse sitio?
Tânia – O Cabo da Roca.
Rodrigo – Exacto. – Gargalhei. – Cê está rindo porque?
Tânia – Vamos ao cabo da roca? Á noite?
Rodrigo – Sim. Qual é o problema?
Tânia – O problema é que vai estar super escuro e não vamos conseguir ver nada.
Rodrigo – Pois... nem me lembrei desse pormenor. – Disse coçando a cabeça. – E agora temos de voltar para trás. – Fez uma cara tristonha.
Tânia – Não propriamente. Tenho uma lanterna.
Rodrigo – Cê anda com uma lanterna na mala? – Desatei a rir com a pergunta dele.
Tânia – Não, seu parvinho. O meu telemóvel tem uma. – Mostrei-lhe o telemóvel e consequentemente a lanterna.
Rodrigo – Lanterna pequenina, p’ra caramba.
Tânia – É melhor que nada!
Rodrigo – Nisso, cê tem razão. – Voltei a olhar para a janela.
Havia qualquer coisa nele que me fazia quer olhar para ele sem nunca parar. Seria o seu sorriso ou os seus olhos ou simplesmente tudo que me faziam olhar?
Estava a admira-lo quando ele sorriu do meio do nada.


Rodrigo

Estava a interiorizar o que se tinha passado nesta noite quando me lembro que desde que entramos dentro do carro ainda não tínhamos discutido, o que me fez sorrir. Ela reparou e me perguntou porque é que eu me estava rindo.
Rodrigo – Cê já reparou á quanto tempo estamos dentro do carro e ainda não discutimos?
Tânia – Ah… Isso é por não ter tema para discutir. – Sorri.
Rodrigo – Claro… - Parei o carro. – Chegamos.
Saímos do carro e logo um corrente de ar frio veio contra nós, olhei para ela e vi que se tinha encolhido mas mesmo assim não se queixou. Chamei e quando ela olhou p’ra mim fiz um gesto p’ra ela vir p’ra ao pé de mim. Pus o meu braço a rodar o seu pescoço e puxei-a p’ra mim e caminhamos assim.
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Depois de andarmos um pouco chegamos a um muro de pedra, onde ela se sentou. Me aproximei dela e assim que me encostei ás pernas dela, ela abriu-as um pouco e eu me encaixei entre elas. Ficamos a olhar um para o outro. Só tínhamos a reflexo da lua sobre nós, o que não dava lá muita visibilidade. Os nossos olhares eram intensos. Me aproximei da cara dela e ela ao perceber a minha intenção, apontou a luz da lanterna para os meus olhos o que me fez fecha-los.
Tânia – Porque é que me olhas assim?
Rodrigo – Eu agora não estou olhando. Até estou com os olhos fechados. Já que você tem a luz apontada nos meus olhos e acredite que está ardendo.
Tânia – Desculpa. – Parou de apontar. – Agora podes-me responder?
Rodrigo – Eu estou olhando assim p’ra você porque cê é linda. – Ela sorriu timidamente.
Tânia – Não digas isso.
Rodrigo – O que? Que cê é linda? – Ela abanou a cabeça em sinal afirmativo. – É verdade.
Ela não disse mais nada, então voltei a me aproximar da cara dela e consegui o que queria, voltar a beijá-la mas ela de repente pára o beijo, me empurra e sai de cima do muro.


O que se terá passado para a Tânia parar com o beijo?
 
Olá!
Espero que gostem e comentem. Tenho a dizer-vos que ainda vai haver algumas reviravoltas.
Venho aqui deixar uma fic que comecei a ler á pouco tempo. Ao todo são três. Duas com jogadores do Benfica e outra com um jogador do Porto. Aconselho-vos a ler que são muito boas.
 Bjs Tânia

terça-feira, 2 de outubro de 2012

20º Capitulo – “Se você fosse minha, eu nunca na minha vida iria trair você.”

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Rodrigo

Olhámos todos para a Tânia á espera da sua resposta.
Tânia – Por mim não á problema. – Com a resposta dela sorri que nem um bobo. Foi como música para os meus ouvidos.
Despedimo-nos do pessoal e fomos em direcção ao meu carro. Assim que lá chegamos abri-lhe a porta para entrar e ela agradeceu com um sorriso. Depois fechei a porta e dei a volta ao carro, entrando no mesmo. Olhei para o relógio e era meia-noite e meia.
Rodrigo – Qual é a sua morada?
Tânia – Porque é que queres saber a minha morada?
Rodrigo – P’ra levar você a casa.
Tânia – E quem disse que eu queria ir para casa?
Rodrigo – Cê não quer? – Abanou a cabeça em sinal de negativo. – Então cê quer ir onde?
Tânia – Para todos os sítios menos para minha casa e a tua.
Rodrigo – Cê não quer ir p’ra minha casa?
Tânia – Nop. Acho que já tinha dito.
Rodrigo – Ok. Já sei um sítio. – Liguei o carro.
Tânia – Posso perguntar uma coisa.
Rodrigo – Fala.
Tânia – Lembraste daquele dia em que nos encontramos no estádio?
Rodrigo – Me lembro como fosse ontem.
Tânia – Por acaso já foi á dois meses mas continuando como é que soubeste da existência do Flávio? E não vale mentir.
Rodrigo – A Madalena contou p’ra mim.
Tânia – Contou-te tudo?
Rodrigo – Não sei se foi tudo. Mas contou que ele traiu você.
Tânia – Pois.
Rodrigo – Agora pergunto-me. – Ela olhou p’ra mim. - Como é que um rapaz consegue trair uma rapariga como você?
Tânia – O que quer dizer com isso?
Rodrigo – Então, se eu tivesse uma namorada como você certamente não a trairia. – Ela sorriu envergonhada.
Tânia - Não entendi. – Não sei se ela estava falando verdade que não tinha entendido ou então não queria entender. Encostei o carro e olhei para ela.
Rodrigo – Vou ser mais explícito. – Me fui aproximando dela. – Se você fosse minha, eu nunca na minha vida iria trair você. – Estávamos frente a frente e pela primeira vez pude visualizar a verdadeira beleza dos seus olhos azuis. Ela sorriu e por iniciativa dela beijamo-nos.

20 Capitulo

Foi um beijo bastante calmo mas onde os sentimentos que sentíamos um pelo outro se fizeram notar. Quando o beijo terminou, ela sorriu e depois virou-se para o lado da janela. Sabia que estava fazendo despertar nela um sentimento por mim.
Estava um silêncio constrangedor, ela percebeu isso e ligou o rádio. Pouco depois passou uma música que ela gosta bastante para a estar a cantar. Pelo que a senhora da rádio disse era dos Simple Plan – Jet Lag.
“I’ve been keeping busy all the time
Just to try keep you off my mind…”
Cantou estas duas frases a olhar para mim. Sorri, afinal ela estava admitindo que não parava de pensar em mim.
Já estávamos a mais de metade no caminho estávamos passando mais propriamente pela Serra de Sintra, ou seja, aquilo estava cheio de arvoredo. A musica já há muito que tinha acabado. Estava concentrado a conduzir quando ela me fez uma pergunta que me fez gargalhar e bastante.
O que terá perguntado Tânia?

Olá!
Decidi postar hoje em forma de agradecimento pelos 81 comentários em tão poucos capítulos e pelas 6 108 visualizações. Muito obrigada, significa muito para mim.
Espero que gostem e comentem.
Bjs Tânia