domingo, 24 de fevereiro de 2013

32º Capitulo – “Eu agarro-te.”

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(Nico)
Acordei com os raios de sol a incidir sobre a minha cara. Depois de me espreguiçar olhei para o meu lado. Ela não estava lá.
Levantei-me rapidamente e com a ajuda das canadianas percorri a casa toda á procura dela. Ela tinha ido embora. Mas porque é que ela me fez isto? Foi-se embora sem se despedir de mim.
Fui novamente para o meu quarto, onde tentei ligar-lhe várias vezes. Mas essas chamadas iam parar sempre ao voice mail.
Pousei o telemóvel em cima da mesa-de-cabeceira e ai reparei que estava um pequeno papel dobrado. Apressei-me a desdobra-lo. Não dizia muita coisa, apenas dizia que tinha ido para casa. Sinceramente esperava que ela tivesse deixado uma explicação por ter saído sem me ter acordado.
Como hoje não precisava de ir ao treino devido ao meu pé aleijado decidi ficar por casa sem fazer nada. Passei o dia todo a tentar telefonar á Tânia mas ela nunca atendeu. Será que estava a fazer de propósito? Ou tinha-o no silêncio?
Pela tarde ainda passar por cá em casa alguns colegas, que tentavam animar-me. Obvio que eu não estava apenas triste por não jogar também estava triste por causa de os meus sentimentos provavelmente não serem correspondidos.
Apesar de o Rodrigo ter sido um dos colegas a ter vindo a visitar-me, não falamos muito. Acho que ele apenas veio porque se sentia mal pelo que tinha feito pois tenho a certeza que se não fosse isso ele não tinha vindo. Não depois de admitirmos os nossos sentimentos pela mesma rapariga. Eles nem ficaram muito tempo pois também tinha as suas vidas.
Voltei a ficar sozinho e aproveitei para ligar á Tânia novamente. Mas teve o mesmo destino que as outras, o voice mail. Acabei por desistir. Hoje já não lhe iria ligar mais.

(Rodrigo)
Estar na presença no Nico tornava-se insuportável. É decerto que fui até casa dele mas fui por ter um grande peso na consciência e não por pena. Não falámos muito, apenas nos cumprimentámos com o habitual aperto de mãos. Os colegas que foram comigo notaram que a nossa interacção um com o outro foi praticamente nula. Claro que pensaram que se deveria ter sido devido ao que se passou no treino.
Não ficamos por lá muito tempo pois tínhamos as nossas vidas. Agradeci para mim mesmo o facto de termos ficado em casa do Nico ter sido pouco.
Entrei no carro e comecei a conduzir mas estava tão distraído que virei na rua errada. Conclusão: fiquei perdido.
Entrei numa rua onde era só vivendas. Definitivamente não sabia onde estava. Comecei a olhar pelas janelas do lado para ver se via alguém que me pudesse indicar como sair dali. Conduzi pela aquela rua toda até que cheguei ao fim da mesma. Limpei um pouco o vidro para puder visualizar melhor a estrada onde estava. Olhei novamente pela janela. E quando olhei fiquei surpreso. Estava uma rapariga pendurada na casa. Parecia estar em apuros. Rapidamente sai do carro.
Pulei a cerca que rodeava aquela enorme casa. Só esperava que não fosse daquelas casas que tivesse um cão de guarda, senão bem podia correr pela minha vida.
Caminhei um pouco até perto do sítio onde estava a rapariga. Quer dizer ela estava lá agarrada ao telhado e eu com os pés bem assentes no chão.
- Precisas de ajuda? – Gritei para que ela me pudesse ouvir. Ela olhou para todos os lados até que olhou para baixo. Para o sítio onde estava e ai fiquei ainda mais surpreso. Era a Tânia que lá estava pendurada.
Ela pareceu ficar igual a mim. Não conseguiu a surpresa de me ver na sua propriedade.
- O que fazes aqui? – Perguntou sendo bastante rude.
- Perdi-me! – Confessei. Ela pareceu não acreditar pois gargalhou.
- Aconselho-te a comprar um GPS! – Mesmo daquela maneira que ela estava não deixava de implicar comigo. Ela bem tentar fazer força para conseguir subir aquilo e finalmente ficar a salvo mas não tinha força o suficiente. Decidi não responder á provocação e perguntei-lhe novamente se precisava de ajudar.
- Precisas de ajudar? – Perguntei novamente. Ela olhou-me novamente com cara de poucos amigos.
- Não! – Respondeu autoritariamente – Não preciso da tua ajuda. Eu consigo desenvencilhar-me sozinha. – Falou segura de si mesma.
- Ok, então. – Sentei-me no muro de um dos muitos canteiros que lá havia. – Força! – Incentivei-a. – Quero ver isso! – Para depois a desafiar.
- Se fosse a ti tinha cuidado com o cão. – Falou em tom de provocação.
- Não te preocupes comigo. Preocupa-te mas é contigo. Visto que não estas em bons lençóis. – Ela olhou-me de surra e tentou novamente sair dali mas simplesmente não conseguia.
Parecia estar-me a divertir a ver aquilo mas na verdade tinha o coração nas mãos. Estava com um enorme medo que ela cai-se dali e que lhe acontecesse algo de muito mau.
Ela parecia estar cansada. Devia ter os braços dormentes. Mas mesmo assim não dava o braço a torcer.
- Tens a certeza que não precisas de ajuda? – Perguntei mais uma vez. Ela parou de tentar sair dali, olhou-me e depois suspirou.
- Não, não tenho a certeza. Preciso de ajuda para sair daqui. – Disse numa rajada. Finalmente aquela cabeça dura tinha cedido. Levantei-me e pus-me debaixo do sítio onde sabia que ela poderia cair nos meus braços.
- Deixa-te cair. – Ela olhou imediatamente e fez aquela cara de quem estava a dizer estás maluco só pode.Eu agarro-te. – Falei de maneira a fazer sentir-se segura.
- Isso não é muito boa ideia. Ainda me podes deixar cair.
- Estás a insinuar que sou fracote? – Perguntei em forma de provocação.
- Não estou a insinuar. Estou á afirmar. – Gargalhei com a resposta dela. – E agora procura outra maneira de me tirares daqui porque não vou largar isto.
- Vou procurar um sítio para que possa subir até ao telhado. – Informei-a.
- Ok. Mas despacha-te que não se quanto mais tempo aguento. - Com esta sua declaração comecei o mais rápido que pude a procurar um sítio, forte o suficiente para que aguenta-se com o meu peso. Antes que pudesse desaparecer ela ainda falou. – Tem cuidado! – Esta afirmação fez-me sorrir. Afinal ela estava preocupada comigo.
Encontrei um tipo de vedação colada á parede da casa que tinha plantas a escondê-la. Primeiro fiz um pequeno teste de maneira a saber que ia aguentar comigo pois aquilo tinha um ar frágil. Depois de confirmar que aquilo aguentava comigo, comecei a trepar aquela vedação e rapidamente cheguei ao telhado. Caminhei com cuidado até á berma do telhado mas propriamente até onde ela estava.
Toquei-lhe nas mãos para ela ficar a saber que já me encontrava ali e que ia tira-la. Peguei nos seus pulsos e com toda a força que tinha puxei-a para cima. Puxei com tanta força que fiz com que ela ficasse deitada de cima de mim. Não era um sítio muito confortável para estar deitado, aliás aquilo fazia-me doer as costas mas tê-la nos meus braços sã e salva valia a pena sentir aquela pequena dor.
Os nossos olhares cruzaram-se. Ficamos a olhar um para outros por um breve tempo. Aqueles olhos azuis a cada dia cativavam-me cada vez mais. A sua respiração estava bastante ofegante, conseguia sentir o seu respirar no meu pescoço. Os nossos olhares ainda não tinham desgrenhado um do outro desde do “salvamento”.
Ela tinha as mãos no meu peito e podia sentir o meu coração a bater descompassadamente. E os meus braços estavam em volta da sua cintura. Decerto estávamos muito próximos um do outro.
As nossas caras estavam de facto muito próximas. Tão próximas que sentia os seus lábios a roçarem nos meus.

Será que irão resistir á tentação de se beijarem?
E a Tânia será que conseguirá ficar afastada deles?


Olá!
Queria-vos pedir desculpa por ter demorado tanto tempo a atualizar a fic mas sempre que acabava de escrever este capitulo nunca ficava satisfeita com o mesmo e assim voltava-o a reescrever. Isto aconteceu-me um série de vezes.
Não estou totalmente satisfeita com este capitulo mas foi o melhor que consegui nestas duas semanas. Espero não vos ter desiludido.
Beijinhos Tânia

4 comentários:

  1. como demoraste 2 semanas a publicar podias publicar outro mais cedo para compensar a espera ihih
    mas agora sem brincar, ADOREI *
    gostava que eles se beijassem, mas deve aparecer alguém, ou ela vai reclamar por alguma coisa kkkk
    agora quero o próximo, que tenho a certeza que vai ser óptimo :b
    beijinhos, Débora *

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  2. Adorei quero o proximo rapido.bjs

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  3. Olá :)
    Eu gostei :p
    Mas fico triste com esta relação entre o Nico e o Rodrigo :(
    Eles eram MUITO amigos...
    Por muito que gostasse de um beijo espero que ela resista à tentação.
    Mas bem deles e dela própria. Fico mesmo triste por eles *os três*.
    Até porque estão constantemente tristes :|

    Próximo
    Beijinhos
    Daniela^^

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  4. Adorei podias ter postado mais cedo está perfeito!
    Gostava que o Nico e o Rodrigo fossem mais amigos.
    O Nico podia ficar com a Madalena um dia mais tarde...Depois podiam dar-se todo bem!
    Mas pronto a fic é tua e não minha , beijinhos da Mafalda

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