domingo, 10 de junho de 2012
5º Capitulo – “Os seus olhos…”
Tânia
Depois de tudo o que se passou naquele dia, só queria ir para casa e ir dormir, coisa que praticamente foi impossível pois a minha mãe obrigou-me a jantar. Apesar da fome não ser muita, ainda comi um pouco, só mesmo para satisfazer a minha mãe. Assim que acabei de comer fui logo para o quarto. Estava sem paciência nenhuma, como é que aquele jogadorzeco me deixou sem paciência? Fogo, que nervos. Mas ainda bem que nunca mais o vou voltar a ver. Foi quando estava distraída nos meus pensamentos que a minha irmã veio bater à porta.
Catarina – Posso?
Tânia – Claro. O que é que se passa?
Catarina – Isso pergunto eu. O que é que se passa contigo?
Tânia – Nada.
Catarina – Nada, não. Quer dizer a mãe faz Bacalhau com Natas, que é o teu comer favorito e tu não comes quase nada.
Tânia – Eu não tinha fome.
Catarina – Sim, logo tu que comes de cinco em cinco minutos.
Tânia – Eishhh, que exagero.
Catarina – Exagero nada. Diz lá o que se passa.
Tânia – Uns problemas. Mas nada que já não se tenha resolvido.
Catarina – Tem a ver com o Flávio?
Tânia – Porquê é que todos os meus problemas têm de envolver o Flávio?
Catarina – Não têm. Só perguntei porque sempre que estás assim tem a ver com ele.
Tânia – Pois mas desta vez não tem por isso se faz favor não toques no nome dele.
Catarina – Pronto já percebi que não queres falar mais portanto vou me embora.
Tânia – Não, espera.
Catarina – Que foi?
Tânia – Tenho uma novidade.
Catarina – Vá desembucha.
Tânia – Arranjei, quer dizer a Madalena arranjou uma entrevista para um part-time no Estádio da Luz.
Catarina – A sério!? E é quando a entrevista?
Tânia – Amanhã.
Catarina – Então boa sorte.
Tânia – Obrigada.
Catarina – Vou ter com a mãe.
Tânia – Ok. E olha conta-lhe de entrevista.
Catarina – Está descansada que conto.
Assim que falou saiu e eu fui arrumar a mochila para o dia seguinte e escolher a roupa que iria usar amanhã. Depois de arrumar a mochila e escolher a roupa, fui escolher as botas que iria levar e quando me abaixei para tiraras botas, reparei numa caixa que estava debaixo da cama. Tirei-a e sentei-me na cama com ela a meu colo, abri-a e as recordações que estavam naquela caixa acertaram em mim que nem uma flecha. Percorri aquelas fotos com um sorriso, até que vi um envelope e abri-o, saltou logo á vista fotos do Flávio. Fotos estas que tiramos quando ainda namorávamos e fotos que eu lhe tirava por simplesmente me apetecia. Fui vendo todas as fotos até que uma me faz olhar para ela ainda com mais atenção.
Esta foto sempre me deixou com um sorriso na cara e desta vez não foi exceção. Lembrei-me daquele dia como se tivesse sido ontem. Apanhei-o completamente distraído mas era assim que ele ficava mais lindo. Aquele sorriso que deixa qualquer uma a babar-se pelos cantos, os seus olhos… Aí Tânia para de pensar nele.
Voltei a pôr as fotos na caixa e arrecadei-a outra vez debaixo da cama. Só quero pôr este capítulo da minha vida para trás das costas.
Deitei-me e adormeci no instante. Ainda acordei algumas vezes durante a noite mas nada que não desse para voltar a adormecer.
Acordei antes do despertador e então fui tomar um banho longo visto que ainda pensava nas fotos de ontem. Vesti-me o melhor que pude para estar apresentável para a entrevista e como estava um pouco frio a roupa que vestia era um pouco quente.
Tomei o pequeno-almoço e dirigi-me para a escola. Assim que cheguei, olhei para o relógio e este marcava 7:40min, ainda faltava 35 minutos para tocar, então da mala tirei o maço dos cigarros e agarrei num cigarro e acendi-o. Estava muito bem a fumar quando o Flávio apareceu juntamente com um amigo. Assim que me viu, deixou o amigo e veio ter comigo.
Flávio – Deve ter caído um santo do altar. – Falou-me com o seu sorriso que lhe é tão característico.
Tânia – Porquê? – Falei-lhe com um tom de desprezo.
Flávio – Estares aqui tão cedo, sem a Madalena é de admirar.
Tânia – E tu o que é que tens a ver com isso?
Flávio – Calma boneca.
Tânia – Calma, nada. O que é que queres?
Flávio – Só te vim fazer companhia.
Tânia – Não preciso da tua companhia.
Dito isto levantei-me, não estava para o aturar mas ele impediu-me agarrando-me no braço. Ficamos com as caras bastante próximas, estava a reunir todas as forças mas cada vez mais as nossas caras estavam próximas e…
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magnifico...
ResponderEliminarquero mais... tou super curiosa para ver o proximo...continua...