Tânia
Acabaram as
férias de Verão e começaram as aulas. Por muito gostar da escola, hoje não me
apetecia nada acordar cedo mas como é habito sempre que as aulas começam a
minha mãe não me deixa ficar na cama mais um pouco e não me deixa em paz
enquanto não me levantar. Sendo assim levantei-me, tomei um duche, vesti-me e
tomei o pequeno-almoço.
Olhei para o relógio e este marcava 7.15, nos últimos 3
meses não me lembro de me levantar tão cedo, por esta hora ainda estava no meu
quinto sono. Apanhei o autocarro e ás oito já me encontrava na escola á espera
da Madalena. Esta assim que me viu correu e abraçou-me com toda a sua força e
só parou quando me queixei.
Madalena –
Já tinha tantas saudades tuas, meu amor.
Tânia –
Também eu.
Madalena – Fogo
que animação. – Disse-me num tom irónico.
Tânia –
Estou com sono. O que é que queres?
Madalena –
Também tenho e não estou assim.
Tânia – Tá
bem.
Madalena –
Mas espera, estás muito bonita hoje. É para alguém em especial?
Tânia –
Não. Não é para ninguém.
Madalena –
Ok. Mas vamos que já tocou.
Fomos para
a aula. Reencontramos os nossos amigos do ano passado e também encontrei aquela
pessoa que não queria ver mesmo á minha frente, o Flávio.
Simplesmente
ignorei-o e sentei-me na mesa á espera que a Madalena ocupasse o lugar a meu
lado mas por azar que se sentou ao meu lado foi o Flávio. Que descaramento
depois do que me fez ainda tem a distinta lata de se sentar a meu lado. Que
nervos! Ele é mesmo um parvo que só tem a mania.
Estava
concentrada na aula quando ele me manda um papel.
“ Tenho saudades tuas! Será que podes falar depois da aula?”
Não lhe respondi. É que sempre
que o perdoo-o ele acaba por fazer sempre a mesmo coisa vê um rabo de saias e
pronta lá estou eu, como se costuma dizer, com um par de cornos. Enfim é que
nem me vou dar ao trabalho de pensar mais nele é que nem vale a pena. Continuei
atenta á aula mas no momento ele mandou-me uma cotovelada e passei-me.
Tânia – Fonix, man. Ainda não
percebeste que não quero ter mais nada a ver contigo. Vê se descolas. Ok? –
Disse-lhe em voz alta. Lógico que começaram todos a olhar para nós com cara que
não tinham percebido nada do que se estava a falar. A stora que não gostou da
minha atitude mandou-me para a rua. Pegue nas minhas coisas e sai mas por mal
dos meus pecados o Flávio também foi expulso.
E agora com que cara é que vou
dizer à minha mãe que fui expulsa da aula de História e ainda por cima no
primeiro dia de aulas.
Saí da escola e fui fumar. Quando
estou nervosa é logo a primeira coisa que faço, não me interessa nada nem
ninguém. A Madalena juntamente com a minha irmã diz que sou a pessoa mais
estúpida á face da Terra por achar que fumar me acalma mas confesso que isso se
tornou uma desculpa pois agora tornou-se um vício. Estava perdida nos meus
pensamentos quando o Flávio se senta a meu lado. Respirei fundo e levantei-me
mas ele agarrou-me no braço impedindo-me de o deixar ali sozinho. Olhei-o numa
forma de desprezo e perguntei-lhe o que queria.
Flávio – Tânia, eu sei que errei.
Quando te fiz aquilo eu estava bêbado. Desculpa-me. Não volto a fazer o mesmo.
Não imaginas o quanto estou arrependido. Eu amo-te.
Tânia – Já reparas-te que nunca
mudas o discurso. É sempre a mesma coisa. Da outra vez estavas bêbado para a
próxima estás drogado. A mim não me enganas. Depois de três vezes aprendi que
tu és daqueles que não se contenta só com uma rapariga. Podes pedir para
ficarmos amigos mas mais que isso esquece. – Apaguei o cigarro e dirigi-me para
a escola.
O resto do dia passou a correr e
chegou a hora de ir para casa e contar o sucedido á minha mãe. Estava com
bastante receio de lhe contar. Entrei em casa e dirigi-me para a cozinha, que é
o sítio onde a minha mãe passa a maior parte do seu tempo. Mal entrei olhei
para ela e percebi que ela já sabia o que se tinha passado.
Mãe – Tânia Vanessa, diz-me
porque é que por carga de água foste para a rua? Ainda por cima com falta.
Tânia – A culpa foi do Flávio.
Mãe – Claro. O pobre do rapaz
leva sempre com as culpas.
Tânia – É verdade.
Mãe – Só porque o rapaz te fez o
que fez não tens o direito de lhe deitar as culpas para cima.
Tânia – Ok. Acredita no que
quiseres. – Sai da cozinha e fui para o meu quarto.
Mandei a mochila para o chão,
peguei no mp3 e pus-me a ouvir música. Sempre que estou chateada com alguma
coisa ouço sempre a mesma música, Simple Plan – Welcome to my life. Estava a
ouvir música quando a minha irmã Catarina entra no quarto e tira-me o fone do
ouvido.
Catarina – O que é que se passou?
Tânia – Fui para a rua na aula de
História.
Catarina – Porquê?
Tânia – Por causa do Flávio.
Catarina – Pará de deitar as
culpas no Flávio.
Tânia – Mas paro porque? A culpa
foi dele. Se não me tivesse sentado ao meu lado e tivesse mandado um bilhete e
depois uma cotovelada provavelmente não tinha vindo para a rua.
Catarina – O que é que o bilhete
dizia?
Tânia – Dizia que tinha saudades
minhas e que se podia falar com ele depois das aulas.
Catarina – E falaram?
Tânia – Sim. Ele disse que tinha
saudades minhas e que estava arrependido.
Catarina – E tu?
Tânia – Então, disse-lhe que não
acreditava em nada do que ele disse.
Catarina – Ok. Vou ver como está
a mãe.
Tânia – Vai lá, que está de mau
humor.
Catarina – Tânia! –
Repreendeu-me.
Tânia – O que foi?! É verdade.
Catarina – A mãe está desiludida
contigo por teres ido para a rua e para juntar á festa ela discutiu com o pai
outra vez.
Tânia – Foi assim tão mau?
Catarina – é sempre “ vira o
disco e toca o mesmo”. Bem vou ter com ela.
Tânia – Ok.
Coloquei de volta o fone no ouvido e continuei a ouvir, só que pouco
tempo depois ouço alguma coisa a bater no vidro mas pensei que fosse impressão
minha e não liguei.
Mas voltou a acontecer, fui ver quem era e …
Fabuloso, Tânia
ResponderEliminarUpdate rapidamente
Mal posso esperar para saber quem é que atirou a pedra
fantastico...
ResponderEliminarquero mais...
continua... tou super curiosa para ver os proximos...
Está fantástico! Gostei imenso :)
ResponderEliminarSe quiseres, podes ir ver a minha fic, que também é com o Rodrigo e mais alguns jogadores.. (http://guardarparasempre-msunset.blogspot.pt)
Beijinhos
Mónica